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OUTUBRO ROSA, QUE LAÇO É POSSÍVEL FAZER?

OUTUBRO ROSA, QUE LAÇO É POSSÍVEL FAZER?

No decorrer desta semana, recebi via WhatsApp uma foto de uma mulher representante da família, com seus oitenta e alguns anos vividos, que estava usando a camiseta da campanha do outubro rosa.  Na verdade, a foto enviada estava descrevendo outro evento no momento, mas a mensagem e o tom da camiseta foi o que mais me chamaram a atenção. Pensei comigo, ela nos seus anos de experiência com algumas intercorrências, é claro, mas no momento gozando de boa saúde, do seu jeitinho muito lindo, abraça uma causa, estampada em sua camiseta.

Pois sabe-se que essa campanha traz um signo social mobilizando todos a pensarem sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama e o câncer de colo do útero, tratamento e acompanhamento psíquico. 

Fiquei me perguntando: como seria possível colaborar com a causa da campanha do outubro rosa, junto com imagem convidativa representada pela sabia matriarca da família?

O momento possibilitou para que eu pudesse trazer uma breve construção pelo viés psicanalítico, sobre o tom e o laço que uma campanha pode alcançar. Pois outro símbolo que me chamou atenção foi o laço rosa, do outubro rosa, e, dessa vez, quem ostentou foi um senhor, que compartilhava esse laço em sua camisa.

Não é sem intenção dizer que para a psicanálise, o laço faz laço, e esse é o seu tom, o enlace no desejo.  Quando fazemos laços com alguém e com o social, estabelecemos algo no desejo que não sabemos bem o que é, e de amor que supomos que seja de cuidados e de atenção que trocamos com o outro, um laço colocado desde a nossa constituição como sujeitos de linguagem e que nos possibilita estar em movimento com o desejo, nesse enlace com o outro.

Mas essa combinação que não se mede, pode-se desenlaçar-se e o sujeito se encontrar no emaranhado do seu mal-estar, que Freud em seu texto O Mal-estar na Civilização (1929), assegurou que entre outras formas de infelicidade e mal-estar, uma delas seria o sofrimento do próprio corpo, contextualizando aqui a doença, e que se articula com uma experiência de desamparo. O tom do laço do amor e desejo mudam, o que era movimento na vida, poderá ficar sem tom.   

Mas, quando esse mal-estar acomete uma pessoa, ainda há possibilidades de estratégias, esse pode ser endereçado a alguém, ao analista. O analista poderá ocupar um lugar de escuta e acolhimento, possibilitando restabelecer esse laço do sujeito em seu desejo, pelo reconhecimento de desejo através das palavras que são endereçadas ao analista, como possibilidade de poder falar daquilo que nunca pode ser dito, e nem escutado naquilo que lhe acomete.

Conte com a nossa escuta!

Conheça a autora deste texto: Psicanalista Sandra de Oliveira Maliska


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