Entramos no mês dedicado à prevenção ao suicídio e que tem sido conhecido como SETEMBRO AMARELO. Assunto relevante, visto que o suicídio no mundo ainda é uma das principais causas de morte, segundo as estimativas publicadas em junho de 2021 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), onde em média uma em cada 100 mortes se dá por suicídio.
Assim, não podemos ignorar tal realidade, principalmente em meio à pandemia de COVID-19, onde as condições consideradas de risco para o suicídio, como por exemplo: isolamento social, medo, perdas, luto, fome, desemprego, estresse, crise financeira, entre outros que se fazem presentes nesse contexto.
O suicídio é um tema que pode ser pensado e estudado como produto histórico social, onde sempre é importante considerar o modo de sofrer em cada época e o mal-estar gerado pela nossa sociedade que tem se tornado uma fonte inesgotável de mal-estar. Os jovens entre 15 a 29 anos, principalmente nas Américas, continuam a ter no suicídio a quarta causa de morte, estando geralmente associado aos sintomas depressivos.
Desta forma intensificar os programas voltados à prevenção se faz urgente e entre as recomendações da OMS encontramos: limitar o acesso às armas de fogo; limitar o acesso aos pesticidas; promover a conscientização da mídia sobre a cobertura responsável do suicídio; criar políticas voltadas aos adolescentes em suas necessidades sócioemocionais; promover atendimento nas áreas de saúde para a identificação precoce, avaliação e tratamento especializado para as pessoas com sintomas depressivos que apresentem sinais ou pensamentos suicidas.
Em termos de tratamento, a escuta psicanalítica pode ajudar muito as pessoas que se encontram nesse sofrimento. A fala endereçada a um psicanalista, na construção de simbolizar e elaborar os conflitos é uma caminho que tem possibilitado a constituição da subjetividade e os recursos emocionais necessários para lidar com os sintomas depressivos, entre outras questões e inquietações.