Mãe, o que seu filho provoca em você? Está tudo bem se não forem somente sentimentos de coragem, amor incondicional e instinto de proteção. Às vezes, a raiva, a frustração e o cansaço também fazem parte da experiência da maternidade. E é sobre essa contradição de amar os filhos, mas sofrer por causa deles que precisamos falar mais, afinal ser mãe não é ser leve, feliz e ter as respostas certas o tempo todo.
A maternidade traz consigo a vulnerabilidade de quem a exerce. Ela afeta o corpo de quem gesta um filho e afeta também as relações afetivas, sociais, financeiras e de trabalho para quem exerce o cuidado do outro. Quando alguém se torna mãe, a forma de estar no mundo e vê-lo se modifica e, em geral, a sobrecarga pela falta de assistência da sociedade, dos pais ou da família influenciam nessa relação.
Você com certeza já ouviu por aí (ou quem sabe até já cobrou da sua própria mãe) que as mães devem ser pacientes e acolhedoras, devem se colocar como um bom modelo para os filhos, devem amar sem restrições, não se irritar e ter tudo planejado. Mas como lidar com tantas exigências e os padrões irrealizáveis? As mães não precisam aguentar tudo sozinhas, falar sobre as insatisfações e dificuldades é importante para uma vida familiar mais saudável. Mães também são “de carne e osso” e seu sofrimento é tão legítimo quanto suas alegrias. Mãe, a perfeição não existe e você não precisa se cobrar isso para exercer seu papel na vida dos filhos da melhor forma. Se precisar de escuta, conte com a nossa! A análise pode ser um lugar seguro para pensar sobre a sua relação com a maternidade e como você acolhe o outro e a si própria.