Análise é um processo. E, em suas mais finas peculiaridades, pressupõe, perda, elaboração, construção, e, o que existe de precioso no tempo. Tempo lógico, subvertendo a cronologia que desconsidera o Real.
Aqui, o mal-estar é acolhido em suas mais obscuras vertentes. E, naquelas surpreendentemente, formosas. Aqui, há sujeito, escolhas, persistência numa lógica singular e no seu manejo. Aqui, se reconhece e se valora tempo, enquanto importante matéria afeita à construções. Aqui, há desejo decidido, que se impõe em ato e de maneira ética. A lógica de uma análise, também diz respeito ao tecido de cada um. Sim, este que nos reveste, garantindo possibilidades, sempre únicas, de avanço. Tecido, cujo manuseio segue a partitura da lógica. Sim, uma análise é tecida com partitura. Análise tem beleza. É preciso algum encanto, para dizer qualquer brevidade que seja, sobre a psicanalise. Porque sim, ela é osso e árdua. Mas, a beleza, duramente singela, de uma análise, é inegável. E, o encontro com o osso dessa beleza, inevitável.