Você já reparou como as cenas de tensão no cinema e nas séries nos capturam? Ficamos ali na frente da tela quase paralisados sentindo toda uma gama de sensações desprazerosas. Em alguma medida, gostamos e nos satisfazemos com essa reação, até porque nos é natural sentir assim em determinadas circunstâncias. Níveis moderados de tensão fazem parte de nossa vida, seja em termos de sobrevivência ou por serem fontes de emoções e estímulos aos sentidos.
O “estresse” é um tipo de resposta biológica que vários seres vivos emitem para agir frente a situações que exigem muita atenção mental ou mais força física do que de costume. Foi esse tipo de reação imediata a fatores de tensão que nos trouxe, enquanto espécie, até aqui.
Hoje os perigos são outros, em vez dos predadores famintos, na luta pela nossa sobrevivência enfrentamos medos da perda do emprego, do assalto na próxima esquina, dos riscos e incertezas de uma pandemia. Outros elementos estressores ganharam feições, como o excesso de trabalho, irritações no trânsito, falta de recursos financeiros, de descanso e até mesmo a falta de um ambiente familiar favorável.
Dizem que a diferença entre o remédio e o veneno é a dose, não é mesmo? Embora doses pequenas de estresse sejam essenciais para nos motivar a fazer as atividades diárias, doses elevadas podem nos fazer mal. E, quando as situações de tensão extrapolam a capacidade do sujeito de lidar com ela, isso se torna patológico.
Esse clima de inseguranças tem deixado as pessoas ainda mais tensas, as fontes de angústia são diversas e as manifestações psicológicas disso podem ser sensibilidade emotiva excessiva, insegurança, pensamento insistente no mesmo assunto, dificuldades de aprendizado e memória, menos capacidade de controle das emoções, irritabilidade intensa, sensação de incompetência, entre outros. Visto que a tensão constante e persistente interfere na qualidade de vida e saúde das pessoas, é importante minimizar os seus efeitos negativos em nível individual, profissional e social.
O primeiro passo para reduzir o estresse é identificar as causas para então se decidir a mudar. Mudanças na vida se tornam mais possíveis quando iniciamos um processo de análise onde nos deparamos com a pergunta: “afinal o que de fato desejo pra minha existência?”.