Ser criança é ver o mundo colorido, cheio de fantasias e sonhos. É esperado, e é um direito dela, que viva em um ambiente saudável, harmonioso e com alegrias. Que as tristezas de uma criança seja porque ralou o joelho na brincadeira, quebrou um brinquedo ou perdeu um animalzinho de estimação, mas nem sempre é possível chegar ao final da infância e da adolescência só com essas dores. A violência sexual e a exploração sexual contra a criança e adolescente deixam o mundo delas cinza e sem alegrias.
Estima-se que apenas 10% dos casos de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes sejam, de fato, notificados às autoridades. O que é lamentável, porque o ato dificilmente será cometido apenas uma vez, e o agressor segue com a violência se não denunciado.
Quase 80% das denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes quando são realizadas, são de abuso sexual. Esse tipo específico de violência sexual tem uma característica alarmante: um número significativo dos agressores são familiares da vítima: pais, mães, padrastos, tios, avós. As últimas pesquisas realizadas em 2019, pelo Ministério da Saúde, nos mostram que 88% dos agressores são homens.
Falar sobre esses problemas com a criança ainda é um meio bem eficaz como prevenção. A criança precisa ter conhecimento para evitar ser violada, desrespeitada, saber que ela pode escolher alguém de confiança para compartilhar, geralmente são professoras. E não deixar de denunciar para que o caso não se torne recorrente, causando mais danos ainda a criança, ao adolescente que vai respingar lá na vida adulta. Em forma de ansiedade, depressão, síndrome do pânico, a dificuldade com relacionamentos.
É papel de toda a sociedade proteger crianças e adolescentes contra qualquer tipo de violência, incluindo a violência sexual. Em caso de qualquer suspeita de uma situação de abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes, denuncie pelo Disque 100.