Essa expressão ganhou espaço nas redes sociais nos últimos meses, onde, algumas mulheres compartilham a angústia, sobrecarga e insatisfação em precisar lidar com a performance cultural da feminilidade.
Culturalmente e historicamente, a mulher sempre foi ensinada a cuidar. Cuidar da casa, do homem e dos filhos -mas não de si. Além disso, atualmente, a mulher é pressionada para dar conta de diversas funções em sua vida: ser trabalhadora, mãe, dona de casa e esposa.
Assim, o imperativo que opera a feminilidade pode acabar gerando diversas consequências psíquicas: a exaustão, dificuldade em frustrar o outro, dificuldade em impor limites, autocobrança excessiva, sobrecarga física, mental e emocional.
Portanto, nos resta pensar: onde, de fato, está o desejo de cada mulher? Será que a cultura patriarcal deveria ditar, realmente, o desejo das mulheres?
Talvez os homens tenham mais facilidade e permissividade social para desejarem. Desejarem o trabalho, o quanto irão participar da paternidade, com quem irão se relacionar, entre outros.
Dessa maneira, me pergunto, assim como Aline Bei em seu livro “O peso do pássaro morto”: quanta dor suporta uma mulher?